Saiba como optar pelo melhor tipo de investimento em cada situação
Especialista dá dicas sobre a escolha da carteira de investimentos de acordo com os objetivos pessoais
Lucas
vai se casar e planeja comprar um imóvel. Marina é profissional liberal e quer
economizar um pouco de dinheiro para se resguardar contra imprevistos de saúde.
Já Solange quer fazer uma poupança para o neto que acabou de nascer. Carlos,
por sua vez, acha importante destinar uma parte da sua renda à
aposentadoria.
Cada
pessoa que vai realizar um investimento, tem um propósito. Mesmo que os
objetivos não estejam muito claros inicialmente, há sempre uma modalidade de
aplicação que vai se adequar melhor ao perfil do investidor e ao momento que
ele está vivendo. Saber direcionar os recursos para os produtos certos, porém,
nem sempre é tarefa fácil.
De
acordo com o analista de Produtos de Investimentos e Seguros do Banco
Mercantil, Daniel Oliveira, existem várias questões que devem ser analisadas na
hora de buscar uma modalidade de investimento. Entre elas, estão a condição de
liquidez, o prazo pretendido, o tipo de remuneração e a qualidade do emissor –
ao pensarmos em renda fixa, que são as modalidades de investimentos mais
conhecidas. Essas questões, porém, devem ser analisadas sob a luz dos objetivos
pessoais de cada um.
Confira
abaixo algumas dicas do profissional sobre como deve ser a escolha da carteira
de investimentos:
Reserva de emergência
A
reserva de emergência é aquele recurso que você tem para usar excepcionalmente,
em imprevistos como perda de emprego, falecimento de algum familiar, problemas
de saúde, uma obra urgente em casa, um equipamento que estragou ou foi roubado,
entre vários outros incidentes. De acordo com o analista do Mercantil, o
ideal é que cada pessoa tenha guardado o equivalente a
“A
reserva de emergência é o primeiro passo do investimento. Se a pessoa tem uma
quantia guardada para imprevistos, já está à frente da maioria da população
brasileira e pode evitar muita dor de cabeça e endividamento”, diz Daniel.
Segundo o analista, não dá para arriscar em investimentos mais ousados, se a
pessoa não tem ao menos uma reserva que pode ser resgatada no momento que
precisar.
Neste
caso, a indicação é buscar títulos de renda fixa pós-fixados e com alta
liquidez, como os Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) de liquidez
diária, emitidos pelas instituições financeiras e o Tesouro Selic, garantido
pelo Tesouro Nacional. Estas são opções que possuem baixo risco, uma
rentabilidade maior que a Poupança, e uma alta liquidez, ou seja, podem ser
resgatadas a qualquer momento.
Objetivos de médio prazo
Já
os investimentos de médio prazo são aqueles que demoram de
Nestas
situações, existem produtos de maior rentabilidade, mas com prazos mais longos
para resgate.Essas modalidades podem ter taxas pré ou pós-fixadas, que devem
ser avaliadas de acordo com o momento atual da economia e a variação da Selic.
“Se há uma perspectiva de queda na taxa de juros, os títulos prefixados a uma
taxa mais elevada são uma boa opção. Entretanto, se a tendência é de aumento
dos juros, vale a pena investir nos pós-fixados para acompanhar esse movimento
de alta”, explica Daniel.
Para
investimentos de médio prazo, títulos privados de renda fixa de instituições
financeiras como CDBs, LCAs, LCIs e Letras Financeiras, com prazos mais
alongados e sem possibilidade de resgate antecipado, são boas opções e oferecem
ao investidor uma rentabilidade mais elevada.
Objetivos de longo prazo
Quando
o investidor tem um recurso extra, que pode ser empregado em um investimento de
longo prazo, recomenda-se optar por uma carteira mais diversificada, com uma
combinação de ativos e liquidez variável. Este tipo de investimento é mais
comum entre pessoas que buscam fazer uma economia para a aposentadoria ou para
a faculdade dos filhos, por exemplo.
Segundo
Daniel, o prazo é um fator determinante na escolha dos melhores investimentos,
pois determina o grau de risco e a rentabilidade do produto. “Quanto maior o
prazo, maior a rentabilidade, mas também maior a incerteza. Quanto mais risco,
mais ganho”, pondera o analista do Banco Mercantil.
Daniel
destaca, porém, que é importante sempre estar atento aos gatilhos de
comportamento, para que a pessoa não comprometa a reserva de emergência ou os
objetivos mais importantes ao longo do caminho. “Nós sempre perguntamos ao
cliente quanto tempo ele pode esperar para resgatar esse dinheiro e se
realmente não há o risco de precisar deste recurso no tempo determinado, pois
muitas vezes é preciso sacrificar prazeres imediatos pensando no futuro”,
conclui.
Para
estas situações em que a pessoa pode ousar investir em uma carteira
diversificada, é importante que o cliente busque apoio de um consultor ou do
gerente bancário, a fim de ter uma melhor orientação sobre as opções
existentes. Os investimentos de alto risco geralmente envolvem ativos
alternativos, como ações de empresas, fundos imobiliários ou até criptomoedas.
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